Siegfried Ellwanger

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Siegfried Ellwanger
Ellwanger.jpg
Nome realSiegfried Ellwanger Castan
ApelidosS.E. Castan
Nascimento30/09/1928
Candelária - RS
Morte11/09/2010 (82 anos)
ResidênciaRio Grande do Sul
Conhecido(a) porSuas obras literárias
A literatura do holocausto judeu é um vale-tudo

—Siegfried Ellwanger (S. E. Castan)

Siegfried Ellwanger Castan (1928–2010) foi um escritor nacional-socialista brasileiro. Filho de alemães nacional-socialistas que vieram para cá antes da Segunda Guerra, quando o Brasil ainda era aliado declarado do Terceiro Reich, Siegfried foi um revisionista e declaradamente nacional-socialista. Após o fim da guerra, em 45, ele se sentiu na obrigação de desmentir as acusações contra seu povo, sua raça, e ambos os países que representava, o Brasil e a Alemanha. Essa foi sua motivação para a criação de sua própria editora de livros que ele mesmo produzia, a Editora Revisão, fundada em 1985, por meio da qual publicou diversas obras feitas por ele próprio e republicou outros títulos como os livros de Gustavo BarrosoWikipedia's W.svg e Plínio SalgadoWikipedia's W.svg, além de outros estudiosos brasileiros fora do meio político, mas dentro do revisionismo. Ele inclusive foi pioneiro na publicação de determinadas obras em língua portuguesa, como por exemplo: Mein KampfWikipedia's W.svg de Adolf Hitler, A doutrina do fascismoWikipedia's W.svg de Benito Mussolini, Para Meus Legionários de Corneliu Zelea CodreanuWikipedia's W.svg, e alguns dos primeiros títulos de Savitri Devi, dentre outras obras.

Até hoje suas obras são polêmicas por desmentir afirmações da grande mídia de dos judeus sobre a guerra e sobre o Nacional-Socialismo.

A Editora Revisão[editar]

Criada no Rio Grande do Sul, em 1987, teve seu primeiro livro editado e escrito pelo próprio Ellwanger, que adotou o pseudônimo de Castan. Intitulado Holocausto judeu ou Alemão? Nos Bastidores da Mentira do Século, foi lançado em fevereiro de 1988. Nos anos 1990, o livro entrou na lista dos livros mais vendidos entre as publicações negacionistas e Castan envolveu-se em vários processos legais, pelo conteúdo supostamente racista dos livros impressos e veiculados por sua editora. Diante disso viu-se obrigado a valer-se de artifícios para contornar proibições legais e passou a divulgar seus escritos na internet.

Julgamento[editar]

Ele foi denunciado por racismo pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, que recebeu diversas reclamações de judeus e maçons sobre suas obras e a editora em geral. A denúncia foi recebida no ano de 1991 e, nesse ano, foi determinada a busca e apreensão de livros publicados pela Editora Revisão, entre eles, obras do próprio Ellwanger e de outros autores. Em 1995, ocorreu o primeiro julgamento do caso, o qual absolveu Ellwanger na primeira instância. Posteriormente ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul mesmo depois de meses a fio juntando migalhas e deslizes cometidos por ele em afirmações para ter como incriminá-lo. Siegfried recorreu ao Supremo Tribunal Federal para que revisassem seu caso, e o julgamento do recurso de Siegfried Ellwanger ao STF durou nove meses, inclusive com populares indo para as ruas protestar em favor de Ellwanger, sendo concluído em 17 de setembro de 2003.[1][2]

O Famigerado Debate[editar]

Na ocasião da comemoração dos 100 anos de Adolf Hitler, a Rede Bandeirantes promoveu um debate sob a regência da assumidamente antifa Sílvia Popovicc. O debate também pode ser chamado de "Debate Sobre o 100° Aniversário de Hitler" de 20/04/1989.

Em 1997, em associação com o Centro Nacional de Pesquisas Históricas e a Editora Revisão Ltda, o Revisionista S.E. Castan publicou uma análise a respeito do referido acontecimento na Televisão Brasileira cujo ele considerava como "Histórica".[3] [4]
Poucos anos antes, em 1989, em Polêmica às comemorações controversas do Centenário de Adolf Hitler no Brasil, o Canal Livre, da Rede Bandeirantes, planejou dois Debates separados a respeito do cenário presente, balanceados entre defensores do Nacional-Socialismo e do Revisionismo não-Exterminacionista do Holocausto e seus atacantes autointitulados "anti-Fascistas" e "anti-Nazistas". Embora tenha-se decidido dois Debates, apenas um foi realizado, com o segundo sendo cancelado pela Rede Bandeirantes após os resultados turbulentos do Primeiro Debate.

Mediando o Debate, estava a Apresentadora autodeclarada antifa Sílvia Popovicc.

Entre os Defensores:[editar]

  • Armando Zanine Jr., Presidente do Partido Nacional-Socialista Brasileiro;
  • Anésio Lara, Presidente da Ação Integralista Brasileira;
  • Sérvulo Moreira Costa, Presidente do Grupo Skinhead Carecas do Subúrbio.



Entre os Atacantes:[editar]

  • Ben Abraham, autointitulado Sobrevivente de Auschwitz e outros Campos;
  • Benno Milnitzki, Presidente do Congresso Judaico da América-Latina;
  • Rodolfo Konder, Jornalista da Anistia Internacional;
  • Arnaldo Contier, Historiador da USP.



Boa parte do Debate se resumiu a divergências Políticas entre Autoritarismo Político, Teses Raciais, Socialismo-Nacionalista, etc., no qual durante as poucas e desviadas menções ao Revisionismo do Holocausto, Castan faz sua análise, especificadamente em relação ao autointitulado Sobrevivente Ben Abraham.
Ben Abraham, cujo nome real é Henry Nekrycz, uma vez Presidente da Associação dos Sobreviventes do Nazismo no Brasil, foi um Judeu Polonês Naturalizado Brasileiro, conhecido como o mais notório e influente Sobrevivente do Holocausto em Solo Verde e Amarelo. Abraham publicou 15 Livros, o mais influente sendo " E O Mundo Silenciou... ", dando-lhe a conquista de Ganhar a Chave de Ouro do Memorial Yad Vashem.
Castan critica, por exemplo, como Abraham é cínico ou carente de informações ao usar das afirmações sem fundamentos da Alemanha Ocidental como argumentos que validam os acontecimentos reivindicados do holocausto, em uma clara falácia de apelo a autoridade e apelo popular. Castan deixa claro que os exatos nomes citados por Abraham passavam longe de serem imparciais e com jus a caridade histórica de ensino público; Richard von Weizsäcker, Presidente da época, foi um participante do Golpe de 20 de Julho contra Hitler, enquanto as origens cripto-judaicas fanáticas do Ministro Helmut Kohl implicadas por Jakov Lind induzem o mesmo.
Abraham também usa os depoimentos de Nuremberg, referindo-se como uma Prova Irrefutável através de um livro, de que os nacional-socialistas haviam sido julgados, se arrependido e implorado por desculpas. Castan rebate facilmente essa mentira sem fundamento, citando os casos de tortura implícita feitas para ganhar as confissões, ditas "documentações", e formar um Tribunal-Canguru, cheio de "confissões" incoerentes umas com as outras, e até mesmo com a realidade. Castan, também, observa de exemplo uma das "confissões" obtidas nesse Livro, em que se é dito que as câmaras de Treblinka suportavam 700 pessoas em um espaço de 35m², o que significaria 21 Pessoas por 1m², que seria o tamanho médio de uma cabine telefônica. É citado, segundo Treblinka, a afirmação de Ingrid Weckert de que diretores do Yad Vashem teriam invalidado a credibilidade de Treblinka como campo de extermínio em 1985, declarando ainda, que NÃO HOUVE QUALQUER E NENHUM CAMPO DE EXTERMÍNIO EM TREBLINKA antes, durante, e nem depois da existência do Terceiro Reich.
Durante o debate, a suposta testemunha ocular Ben Abraham não condiz com a verdade quando afirma ter permanecido em Auschwitz pelo período de cinco anos e meio. Castan por sua vez, apresenta mais uma inconsistência, com a gravação de cerca de um ano após este debate, onde durante uma entrevista à TV Educativa de Porto Alegre, o mesmo Ben Abraham declara ter ficado em Auschwitz entre duas semanas e duas semanas e meia.
O Campo de Concentração de Auschwitz foi aberto em 20 de maio de 1940 e tomado pelos soviéticos em 27 de Janeiro de 1945. Caso a testemunha tivesse sido o primeiro prisioneiro de Auschwitz, ele teria saído de lá somente em Novembro de 1945, ou seja, 4 meses após a capitulação militar da Alemanha.
O Sr. Castan foi repetidamente denunciado por suas ações, pensamentos e feitos, culminando na preensão de suas obras e traduções em 1991 e finalmente em seu encarceramento em 1998 por "Incitamentos Racistas". Na época, Castan era um Senhor de 70 Anos.

Livros de sua autoria[editar]

Capa do livro Holocausto Judeu ou Alemão?
  • Holocausto: Judeu ou Alemão? Nos Bastidores da Mentira do Século
  • Acabou o Gás!... O Fim de um Mito
  • S.O.S para Alemanha (Separada Ocupada e Submissa)
  • O Catolicismo Traído: A Verdade sobre o Diálogo Católico-Judaico no Brasil
  • Inocentes em Nuremberg
  • A Implosão da Mentira do Século

Ele também escreveu manuscritos, como Irminsûl, de Varg Vikernes.




Homenagem do Stuka[editar]

Em 2005, o grupo de RAC declaradamente nacional-socialista Stuka lançou uma música em homenagem a Siegfried Ellwanger no álbum Sob a Cruz de Ferro.
Ela foi uma das primeiras da banda a ser caçada, e junto com a música Ruído Branco, é considerada pelos judeus uma das mais ofensivas faixas do grupo.


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