Fake news

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Donald Trump, que chamou um jornalista de fake news, causou a popularização do termo

Fake news (notícia falsaWikipedia's W.svg em inglês) é uma expressão que, segundo os meios da mídia mainstream, se refere à distribuição deliberada de desinformação ou boatos pela mídia, em especial por parte da mídia panfletária, seja através de matérias compartilhadas na Internet ou que aparecem na televisão, rádio e jornal impresso. O termo foi popularizado em 2016 por conta de Donald Trump, então candidato à presidência dos Estados Unidos, em uma abordagem para a imprensa marromWikipedia's W.svg, a qual apoiava irrestritamente a então candidata Hillary Clinton, a "quase" Dilma Rousseff americana, que mesmo que andasse mais suja que pau de galinheiro por escândalos de corrupção lá dos tempos do governo de Bill ClintonWikipedia's W.svg (seu marido) ainda assim vinha com a maior cara de pau tentar a presidência.

Tal termo passou a ser utilizado constantemente por oportunistas da mídia mainstream (que vinham perdendo espaço e influência sobre a população em geral, em especial com a queda do número de leitores da mídia impressa e o subsequente advento do paywallWikipedia's W.svg em seus canais na internet) com a finalidade de fazer sinalização de virtudeWikipedia's W.svg em relação aos panfletários, em especial aos panfletários de direita que apoiaram Trump no embate contra a Hillary e mais recentemente aos panfletários que apoiaram Bolsonaro no embate contra Fernando Haddad, enquanto que alguns indivíduos e grupos direitistas que se identificavam como a "direita verdadeira" tentaram (de forma falha, é claro), usar disso para tentar enfrentar a grande mídiaWikipedia's W.svg, que pra eles é infiltrada por esquerdistas e progressistas que tentam acusa-los de todas as formas de serem extrema-direitaWikipedia's W.svg para influenciarem o povo, especialmente na época de eleições.

Nos Estados Unidos, muitos leitores americanos acreditam que os sites de "verificação de fatos" (fact checkers) não "verificam os fatos" de verdade. Em vez disso, estes sites serviriam como ferramentas de controle de danos para o establishment dos partidos Democrata e Republicano e a grande mídia liberal americana. Por exemplo, o mais antigo site "verificação de fatos", Snopes, nunca verifica os fatos da mídia convencional. Um exemplo disso são as grandes emissoras de TV (CNN, ABC, NBC e CBS), além de revistas, jornais e estações de rádio, todos alinhados ao establishment político, econômico e social, que servem para divulgação das causas esquerdistas em oposição aos conservadores e direitistas, para assim manipular a população e conseguir apoio em futuras eleições. Eles publicam regularmente informações não verificadas e sem fundamento, muitos "citado por fonte(s) anônima(s)", sob desculpa de proteger testemunhas para evitar alguma retaliação. Quando a notícia publicada é desmascarada, a mídia convencional faz "mea-culpa" e pede desculpas aos leitores. O site Snopes costuma conceder um passe livre à grande mídia liberal americana, enquanto não concede o mesmo para os sites não alinhados ao establishment. [1]

Histórico[editar]

Apesar de tal termo ter ficado famoso nos últimos anos, essa é uma prática velha que deu as suas caras no Brasil já nos anos 90 com o escandaloso Caso Escola BaseWikipedia's W.svg, onde praticamente todos os meios de publicação mainstream da época foram divulgar o suposto abuso de crianças por parte dos donos da escola, coisa que em meio a investigação se provou falsa, mas que ainda assim causou sérios prejuízos para os donos, que nunca mais conseguiram se reerguer do linchamento midiático por parte da cobertura irresponsável do caso pela imprensa (talvez até com interesses secundários na quebra da escola, dado que por exemplo o Grupo AbrilWikipedia's W.svg, então dono da Revista Veja, também possuía em sua carteira o Sistema Anglo de EnsinoWikipedia's W.svg, usado por uma enorme rede de escolas particulares então concorrentes da Escola Base).

De qualquer forma, nesse caso, assim como em vários outros onde os interesses das verdadeiras máfias que dominam a mídia mainstream, os prejudicados jamais receberam qualquer tipo de indenização que ao menos viesse a compensar o estrago feito pela nefasta e destrutiva cobertura da mídia quanto ao caso na época, provando que no que diz respeito a tais intocáveis, que com sua influência sobre a massa e seu forte lobby no poder judiciário basicamente vale a máxima que afirma que "Crime ocorre. Nada acontece feijoada".

No decorrer dos anos 2000, mais exatamente sob o governo do molusco, vieram a pipocar na internet os blogs, que apresentavam conteúdo de qualidade variável, sendo que uma parte dos mesmos tinha caráter meramente panfletário e apologético de absurdos, como aqueles que durante muito tempo fizeram a má fama do jornal Notícias PopularesWikipedia's W.svg, publicação mantida até o início dos anos 2000 pelo mesmo grupo que publica a Folha de São PauloWikipedia's W.svg e era repositório de tudo o que seria impublicável na então séria e elitista Folha, apresentando desde assuntos correlatos a ufologia, passando por uma exploração carniceira do noticiário policial e incluindo as putarias do carnaval com uma abordagem que seria depravada até mesmo para revistas na linha da PlayboyWikipedia's W.svg ou da PenthouseWikipedia's W.svg, que ainda hoje tem sua venda proibida para menores de 18 anos.

Apesar do ganho em tal época com o fim do suposto monopólio da verdade até então ostentado pelas publicações do mainstream que então mal tateavam o ambiente da internet o tratando como apenas uma alternativa na distribuição de conteúdo, o advento de muitas publicações virtuais claramente chapa-branca ou mesmo de quinta-colunaWikipedia's W.svg vieram a manchar a imagem de boa parte de tais conteúdos ditos "alternativos", que vieram a ser conhecidos como blogs sujos e por conta disso tratados de forma negativa por aqueles que não estavam no público cativo de tais publicações virtuais, sendo que alguns eram usados propositalmente para a publicação de material enganoso ou falso que hoje conhecemos por fake news.

Mais recentemente, no decorrer dos anos 2010, veio a ganhar força a onda dos YouTubers, que a exemplo dos blogueiros, também apresentavam conteúdo de qualidade variável e ao lado disso, também vieram a marcar espaço as páginas no Facebook, que vieram a ser também repositório de fake news, sendo um dos maiores fabricantes de tais conteúdos enganosos em tal ambiente a página que atende pelo nome de Fatos Desconhecidos, que geralmente prioriza o entretenimento em detrimento dos fatos.

O fato é que tais páginas, bem bancadas por recursos de origem duvidosa, acabaram marcando espaço em vários fronts, sendo eles o Facebook, o Twitter, o YouTube, o WhatsApp e o Telegram, além de domínios próprios onde os mesmos apresentavam seu conteúdo escrito, constantemente fazendo uso dos meios virtuais com o objetivo de chegar a informação manipulada ao máximo de pessoas possível, sendo que a política de zero-rating adotada pelas operadoras de telefonia geralmente torna mais difícil uma eventual checagem da notícia falsa por parte de algum incluso que não tenha mais franquia de dados para se utilizar da internet no celular.

Como reconhecer as fake news[editar]

Ao contrário de sátira ou paródia, o conteúdo publicado em fake news é intencionalmente enganoso ou mesmo falso com o objetivo de ter ganhos políticos ou mesmo financeiros utilizando-se de seu público-alvo pra isso.

As fake news são escritas e publicadas com a intenção de enganar, difamar e até mesmo caluniar seus eventuais alvos, sendo óbvia a finalidade de obter ganhos financeiros ou políticos as expensas disso, muitas vezes fazendo uso de manchetes sensacionalistas ou exageradas para chamar a atenção, com manchetes atraentes ou inteiramente forjadas para aumentar o número de leitores, compartilhamento e taxas de clique na Internet, já que se baseia em receitas de publicidade geradas a partir desta atividade, independentemente da veracidade das histórias publicadas.

Geralmente se trata de uma notícia que não está presente em outras publicações e por motivos óbvios carece de fontes fiáveis, muitas vezes se utilizando de linguagem apelativa para reforçar o viés de confirmação por parte de seus leitores.

Efeitos das fake news[editar]

Atualmente, as notícias falsas prejudicam a cobertura profissional da imprensa, dado que é mais fácil produzir uma "notícia" sem verificação de fontes (mais conhecida como fake news) do que ir fazer um trabalho de campo com o objetivo de produzir uma notícia verdadeira que não necessariamente será agradável e atrativa para o público-alvo da publicação.

Tal política, ao lado do lazy journalism, baseado principalmente em reações pegas de forma quase que aleatória no twitter para reforçar o ponto de vista demagógico do editor se constitui em prática abusiva feita geralmente por blogueiros, estagiários e eventualmente por gente que se utiliza da credencial de jornalista para dar um ar de credibilidade a tais informações manipuladas, em prejuízo da pesquisa de campo e da busca por informações confiáveis quanto aos assuntos tratados.

O fácil acesso online ao lucro por meio de anúncios, o aumento da polarização política e da popularidade das mídias sociais, principalmente as timelines (como Facebook e VK), têm implicado na propagação de notícias falsas. A quantidade de sites de notícias falsas anonimamente hospedados e a falta de editores conhecidos também vêm crescendo, já que assim é difícil processar os autores por calúnia. A relevância de notícias falsas aumentou em uma realidade política "pós-verdade" (outra palavra criada pelo pessoal do politicamente incorreto).

Em resposta, os pesquisadores têm estudado o desenvolvimento da "vacina psicológica" para ajudar as pessoas a detectar falsas notícias. No entanto, para os críticos ao combate ao fake news, a detecção de notícias falsas é usada como pretexto para promover censura na internet e favorecer a grandes grupos midiáticos já estabelecidos que por motivos óbvios não querem novas mídias alternativas "antiestablishmentWikipedia's W.svg" concorrendo com eles.

Galeria[editar]

Ver também[editar]